Lubrificante de garfos para terrenos extremos: como garantir estabilidade e desempenho 

Repsol Lubricants

A suspensão dianteira é o primeiro filtro entre o terreno e as suas mãos. Em estradas de terra, trilhos de rocha ou receções de salto, o lubrificante de garfos trabalha silenciosamente para transformar impactos em controlo e vibrações em precisão. Por isso, saber como escolher o lubrificante de garfos para a sua moto e mantê-lo em bom estado é a diferença entre saber ler o terreno ou lutar contra ele.

Como funciona o lubrificante de garfos em terrenos extremos

O lubrificante de garfos regula o amortecimento, controla a formação de espuma e protege os componentes internos. Em uso extremo, também deve manter o seu comportamento face às altas temperaturas que pode atingir ou ao uso prolongado.

Quando a fórmula resiste à aeração e ao cisalhamento, o garfo preserva as sensações. Em resultado, obém-se um maior controlo, mais previsibilidade e uma moto que responde como se tivesse acabado de trocar o lubrificante, mesmo com várias horas de uso acumuladas.

Como escolher o lubrificante de garfos adequado

Para escolher o lubrificante de garfos adequado, deve sempre consultar o manual do fabricante, que indica as características que o lubrificante deve ter para cada modelo.

Também poderá encontrar o grau de viscosidade SAE indicado para o seu garfo. Com um índice de viscosidade adequado, o lubrificante mantêm as sensações tanto no frio da montanha como no calor do vale ou do deserto. Na prática, isso traduz-se numa maior previsibilidade das suas configurações e menos necessidade de procurar o melhor ajuste ao longo do dia.

As bases e os aditivos também fazem a diferença nas sensações de pilotagem. Geralmente, os lubrificantes sintéticos oferecem um melhor controlo antiespuma e maior estabilidade contra o cisalhamento, características muito úteis em impactos repetidos, como acontece no motocrosse, ou em secções técnicas prolongadas, como no enduro ou no trial. Além disso, recomenda-se a inclusão de aditivos antidesgaste que sejam compatíveis com vedações e metais, para evitar inchaços nas juntas, derrames e corrosão no interior do garfo.

Naturalmente, também é importante que a escolha do lubrificante do garfo seja adequada ao uso real que dará à sua moto:

  • Estrada fria ou com chuva: precisa de um toque estável e de previsibilidade, algo que se consegue com um lubrificante de viscosidade baixa ou média e que gere pouca espuma.
  • Enduro técnico (raízes, pedras, socalcos): uma viscosidade baixa a média ajuda a ganhar sensibilidade a baixas velocidades e a "ler" melhor o terreno sem perder o suporte.
  • Motocrosse (saltos e receções fortes): aqui a prioridade é controlar a compressão dos impactos repetidos; um índice de viscosidade médio-alto mantém a consistência desejada.
  • Trial: são favorecidas as viscosidades mais baixas e um excelente controlo antiespuma para que cada gesto seja preciso, conforme exigido pelas zonas onde compete a elite de TrialGP.
  • Adventure/dual sport com carga: opte por uma viscosidade média e grande estabilidade térmica; as viagens longas e as mudanças de tempo castigam o lubrificante se não conservar o seu comportamento.

Quando trocar o lubrificante do garfo?

O lubrificante do garfo degrada-se ao longo do tempo devido à aeração, à contaminação ou ao cisalhamento dos aditivos. Portanto, deverá seguir as instruções do fabricante e respeitar os intervalos de substituição indicados.

Como regra geral, em off-road intensivo, recomenda-se verificar o estado do lubrificante após 20-40 horas de utilização. No uso misto em estrada e campo, uma substituição anual costuma ser suficiente para manter a consistência. Em estrada, os intervalos podem ser ampliados para 18 a 24 meses, ajustando-se sempre ao indicado pelo fabricante da moto.

De qualquer forma, a sua moto avisa quando o lubrificante está a dar as últimas. Por exemplo, se notar que o garfo afunda mais do que o normal ao travar, chega ao limite facilmente, ressalta ao estender-se, vibra em terreno acidentado (chatter) ou perde a sensibilidade em pequenos desníveis, é provável que o lubrificante esteja espumado ou degradado. A cor muito escura e o odor forte também são indícios claros de que chegou a altura de trocar o lubrificante.

O melhor banco de ensaios para lubrificantes de garfos

A Repsol Lubricants sabe que o melhor banco de ensaios é a competição. É por isso que, há já décadas, as nossas fórmulas são desenvolvidas no Repsol TechLab, um centro líder em inovação e tecnologia no campo da energia em Espanha, para serem depois validadas sob as condições mais exigentes no mundo do automobilismo.

O trial é um exemplo perfeito. Há quase 20 anos que a Repsol Lubricants trabalha com a equipa Repsol Honda HRC de trial e com Toni Bou, que este ano conquistou o seu 38.º título mundial nesta disciplina. Um piloto que é já um ícone do automobilismo e que encarna o controlo absoluto, a leitura perfeita do terreno e uma estabilidade sem hesitações.

Quando o terreno se torna extremo, um lubrificante de garfos adequado transforma a complexidade em controlo. A ciência apoia e a pista confirma, mas são os utilizadores que o sentem nas mãos e que o transformam em quilómetros mais seguros.