Viscosidad HTHS del aceite: descubre por qué es un ensayo cada vez más importante
No mundo da indústria automóvel, a procura pelos melhores desempenhos, o menor impacto social e a maior eficácia é uma constante. Nesta procura, a viscosidade HTHS (siglas de High Temperature High Shear) tornou-se num elemento chave, especialmente no desenvolvimento e na avaliação de lubrificantes para motores.
No entanto, o que é exatamente a viscosidade HTHS e porque é tão importante? Hoje vamos recapitular as chaves desta medida que cada vez ganha uma maior relevância.
O que é a viscosidade HTHS?
A viscosidade HTHS é uma medida que nos indica como se comporta um lubrificante em condições operativas extremas dentro do motor. O que significa isto? Basicamente, diz-nos como um lubrificante resiste a altas temperaturas e elevadas taxas de cisalhamento, duas condições comuns nos motores em funcionamento.
Com este método, submete-se o óleo a uma temperatura de 150°C e a uma velocidade de cisalha de 1.000.000 s-1, que são condições mais representativas do que acontece dentro de um motor em funcionamento em relação à viscosidade cinemática.
Porque é tão importante a viscosidade HTHS?
Porque nos deveríamos importar com a viscosidade HTHS? O que é certo é que é fundamental por três motivos:
Um lubrificante com baixa viscosidade pode reduzir o atrito e melhorar o consumo de combustível, mas também aumentar o desgaste. Por outro lado, um lubrificante com alta viscosidade HTHS mantém a película lubrificante, evitando o desgaste prematuro do motor. No entanto, provoca um maior atrito, aumentando assim o consumo de combustível.
Outro aspeto a ter em conta é que a viscosidade de um fluido monograu (newtoniano) permanece constante diante da cisalha, pelo que não diminui, como acontece no caso dos óleos multigrau. Pelo contrario, se a um fluido não newtoniano lhe aplicarmos uma maior velocidade de cisalha a uma determinada temperatura, a sua viscosidade diminui.
Isto deve-se ao facto de que as grandes moléculas dos melhoradores de viscosidade se alinham com o fluxo e apresentam uma menor resistência face à velocidade de ambas as superfícies.
Por isso, a viscosidade HTHS tem cada vez maior importância nas novas classificações API e ACEA, que têm limites mais estritos do que a norma SAE J300. O objetivo é garantir que os motores tenham sempre a mínima película de lubrificante, evitando desgastes entre as peças mecânicas em condições de funcionamento.
O futuro da viscosidade HTHS na indústria
Com os novos regulamentos sobre emissões contaminantes e a procura contínua de eficiência, a viscosidade HTHS está a ganhar cada vez mais relevância. As normas atuais, como a Euro7, estão a impulsionar melhorias na tecnologia dos motores, o que leva a uma tendência no sentido do uso de lubrificantes com viscosidades mais baixas.
Em suma, a viscosidade HTHS é um fator crucial no desenvolvimento e avaliação dos lubrificantes para motores. Ajuda-nos a garantir que os motores funcionem de forma eficaz, protegendo as peças do desgaste e contribuindo para a redução de emissões. Num mundo onde a sustentabilidade e a eficiência são cada vez mais importantes, a viscosidade HTHS torna-se numa ferramenta essencial para a indústria.
Se estiver interessado em aprender mais sobre a viscosidade HTHS e como influencia a qualidade dos lubrificantes, recomendamos-lhe que leia o interessante artigo do nosso colega Santiago Maroto de Hoyos, técnico de ATD (Assistência Técnica e Desenvolvimento) na Repsol Lubrificantes e Especialidades. Pode encontrá-lo em Lubricantes News, a revista da Associação Espanhola de Lubrificantes (ASELUBE).
Pela nossa parte, queremos terminar este artigo lembrando-lhe da importância de escolher os melhores produtos para o seu veículo. Até logo!